Aos injustos


Não sou bom, não quero fingir que sou bom
Sou péssimo, carrego comigo uma máscara
impregnada à horrenda face, mas isto digo,
aos injustos digo.

Cansei de suas lacerações, suas zombarias indiscretas e metódicas
a forma como cortam minha carne com suas palavras me aborrece
sua falsa gentileza me dá ânsia e faz-me querer vomitar mais que antes.

Eu desejo seu fracasso, quero que sejam destruídos por suas traições
por suas mentiras e enganos, que sejam pisoteados e ostracizados.
Que sejam atirados à lama ante a minha silhueta vitoriosa diante de
suas faces caídas e depressivas.

Não sentem, não conseguem sentir como suas mentiras envenenam, são magos
permeadores de mentira e engano, encantam, rodeiam, enfeitam, aprazem com belos adornos
mas no fundo meus caros, no fundo são tão podres quanto eu consigo ser,
tão podres quanto eu sou quando penso em humilhá-los e jogá-los em algum lugar da memória que não me lembrarei mais.

são abominações mutantes que se camuflam como lindas borboletas mas espalham seu veneno
dentre as mentes oscilantes. Eu tenho o dever de ser sincero, não consigo ser outro senão eu mesmo,
sendo eu mesmo, como acreditar que estes seres andam comigo? falam comigo? escutam o meu apreço por eles?

quero que todos pereçam por suas escolhas, inclusive eu, quero ser queimado vivo
prefiro morrer, com dor, para que outrem nasça com todo o vigor que eu possa oferecer
por isso eles são mortos, eles não escolhem a folgueira, eles escolhem a mentira, eles escolhem o prazer
o prazer é sua moradia, e eles refrescados se assentam e continuam discutindo.
Tão mortos e agindo como se houvesse resquício de humanidade em seus olhares frios
São mortos, tudo que eles podem fazer é matar quem um dia havera vivido.

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