fogo, brasa, nada

Fogo, logo brasa, logo nada
uma chama já nascida, no leito de um riacho ancião
traz aos homens uma esperança, de que há mais do que solidão
jaz em mim um sentimento, não posso descrever
uma língua mortal e um coração, carnal não podem decifrar
são mistérios angelicais dos quais por tais motivos não posso expressar.

se por mim morro todo dia, vejo nascer denovo debaixo da lanterna
há quanto tempo não via eu entender
o amor só nasce pra quem se permite ver
a morte só vem pra quem se fez nascer

não são mais poemas de amor nem rimas apaixonadas
a paixão é fogo, logo brasa, logo nada...

o amor é uma fortaleza fortificada
os problemas são fogo, logo brasa, logo nada

nela se têm ausência de perigo, descanso, suspiro tardio

as desconfianças são fogo, logo brasa, logo nada a confiança é muro, logo abrigo, logo tudo
aqui achei outra face do mundo.